quinta-feira, 14 de março de 2013

Aninha


A Aninha é uma menina muito esperta. Tão esperta que até sabe de cor todas as cores do arco-íris:
VERMELHO
LARANJA 
AMARELO
VERDE
AZUL
ANIL
VIOLETA

Ela só não sabe muito bem que cor é anil (ou indigo, dissera a educadora) mas um dia aprenderá isso também. A avó não sabe, e foi quem lhe ensinou a cantiga. A cantiga do arco-da-velha.
Arco-da-velha é como a avó chama ao arco-íris, isso a Aninha sabe muito bem. É que quando foi para o Jardim Infantil e a educadora começou a ensinar cantigas e versos sobre o arco-íris e ela sem saber o que isso era, e todos os meninos a cantar virados para um cartaz com o arco-da-velha, e ela sem ver arco-íris nenhum, e disse que aquilo não era o arco-íris, era o arco-da-velha, os meninos riram-se dela. Riram-se muito. Mas a educadora, a menina Marta, não se riu, e aproveitou para explicar aos meninos todos que o arco-íris tinha vários nomes. Que havia quem lhe chamasse arco-da-velha e outros nomes também, mas que era a mesma coisa.
Tinham era de aprender a cantiga das cores do arco-íris, e recomeçaram a cantar. Aninha também sabia uma cantiga, mas não era aquela. E quis cantá-la também:

Arco-da-velha
Virado ao mar
Sardinhas barrentas
Bolo do lar

Os meninos riram-se mas gostaram da cantiga, e cantaram-na com mais vontade do que haviam cantado momentos antes a que a educadora lhes ensinou. Aninha ficou contente, e ficou a saber que era uma menina muito esperta, pois sabia coisas que as outras pessoas não sabiam: a educadora não sabia a cantiga do arco-da-velha e os meninos não conheciam esse nome para o arco-íris.
Outras das coisas em que a Aninha sabe que é esperta é em decorar cantigas e versos. Decora tudo o que a avó lhe ensina, desde orações a cantigas, lengalengas e outras coisas assim. Basta que a avó comece a cantar para ela logo apurar o ouvido, a querer ouvir tudo e aprender tudo. O que vale é que a avó tem muita paciência e repete quantas vezes forem necessárias para ela aprender.
Quando entrar para a escola, a escola a sério e não a “escolinha”, como as pessoas dizem do Jardim Infantil, Aninha aprenderá as letras e os números e assim poderá aprender ainda mais coisas, pois saberá ler. Sabendo ler poderá ensinar à avó as cantigas e versos que os livros trazem, a educadora ensina tantas cantigas e historinhas que lê nos livros.
Livros são coisas muito importantes, isso já aprendeu também.
É mesmo muito esperta, a Aninha.

Felipa Monteverde

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Milu



Olá, eu sou o Ricardo e ando na escola. Esta semana tivemos de escrever um texto sobre o nosso animal de estimação. Eu não tenho animal de estimação mas escrevi o texto na mesma. A professora gostou.
Este é o meu texto:

O meu vizinho tem um gato. Esse gato às vezes vem para a minha casa, a ver se lhe dou algo para comer. Quando me vê, roça-se pelas minhas pernas, a miar. Eu já sei o que ele quer: vou à cozinha, procuro uns restos de comida e dou-lhos. Ele come. Depois volta a roçar-se em mim, todo satisfeito.
O gato chama-se Milu. Milu é o nome do cão do Tintim. Também é o nome da personagem feminina de um livro que a minha mãe tem. Eu não conheço a história do livro, nunca o li, mas a minha mãe diz que a enerva ouvir o vizinho a chamar Milu ao gato, que a Milu do livro dela não merecia que dessem o seu nome a gatos, muito menos a gatos feios como aquele…
A minha mãe não gosta de gatos, não os suporta. Quando o Milu vem a minha casa ter comigo, ela diz que lhe faz impressão ver-me a fazer-lhe festas na cabeça. Mas eu gosto de gatos e gosto do Milu, que é o único gato que conheço.
Eu gostaria de ter um mas a minha mãe não deixa, diz que sou alérgico. Eu acho que quem é alérgico é ela. Ela não me deixa estar muito tempo com o Milu mas eu brinco com ele sem ela ver.
A minha mãe diz que sou alérgico a gatos por causa da asma, mas eu nunca tive uma crise quando estou com o Milu. Ela diz que é porque estou pouco tempo de cada vez e é sempre no quintal, ao ar livre; se fosse dentro de casa, no meu quarto, por exemplo, já era capaz de ter e por isso é que não posso ter um gato. 
Talvez a minha mãe tenha razão. É melhor não insistir, porque não quero mesmo ter uma crise de asma. É horrível e eu não gosto, custa muito e às vezes até tenho de ir ao hospital.
Por isso vou brincando com o Milu, sempre que posso. Mais vale que nada. E o meu vizinho não se importa que o Milu me faça visitas.

Felipa Monteverde (texto fictício)

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Aniversário do Pequeno Príncipe!!!!!

(Imagem do Google)



Já é tarde da noite,
aqui até já é novo dia
mas não poderia deixar de vir
neste dia de alegria
desejar felicidades
e dar muitos parabéns
a um menino tão lindo
que hoje aniversaria!

Parabéns, Pedrinho, pequeno Príncipe!

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Dia da Criança


Hoje é o Dia da Criança, no Brasil.
Para todos os meninos e meninas desse país maravilhoso desejo um dia muito bem passado, seja na escola, em casa ou noutro sítio qualquer.

Para as crianças que estão internadas em hospitais, ou para aquelas que estão em casa com dói-dói, os meus desejos de rápidas melhoras, logo logo vai passar.

Beijinhos do tamanho do mundo para todas!


sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Os três sacos vazios


Era uma vez uma menina, chamada Carolina, que vivia com a avó numa casinha que ficava no meio do bosque. Eram muito pobres, mas boas pessoas e amigas de toda a gente.
Um dia, Carolina ia a caminho da feira com uma cesta de ovos para vender, quando encontrou um pobrezinho que lhe disse:
- Dá-me esses ovos.
- Não posso – disse ela – que são para vender na feira e dar o dinheiro à minha avó.
Mas o pobrezinho disse outra vez:
- Dá-me esses ovos, que eu tenho fome.
Então Carolina teve pena dele e deu-lhe os ovos.
O pobrezinho deu-lhe um saco vazio e disse-lhe que só o abrisse em casa.
Quando a menina chegou a casa contou à avó o que tinha acontecido e mostrou-lhe o saco que o pobre lhe tinha dado.

A avó não ralhou com ela, porque também tinha pena dos pobrezinhos, mas não fez caso do saco e meteu-o numa gaveta.
Dali a dias Carolina ia novamente à feira para vender ovos. Pelo caminho voltou a encontrar o mesmo pobre, que lhe voltou a dizer:
-Dá-me esses ovos.
- Não posso, que são para vender – respondeu.
Mas o pobrezinho disse:
- Dá-me esses ovos, que eu tenho fome.
Então Carolina teve de novo muita pena dele e deu-lhe os ovos. O pobrezinho voltou a dar-lhe um saco vazio e disse-lhe que só o abrisse em casa.

Quando Carolina chegou a casa contou à avó o que tinha acontecido, e a avó não ralhou com ela, mas meteu o saco numa gaveta e não fez mais caso dele.
Dali a alguns dias voltou a acontecer o mesmo e Carolina voltou a casa outra vez com um saco vazio.
A avó da menina não ralhou com ela, mas disse que assim elas é que tinham de pedir esmola, pois já não tinham dinheiro nem ovos para vender.
A avó disse a Carolina que fosse à aldeia e que levasse um daqueles sacos vazios, a ver se lhe davam esmola.

Carolina pegou num saco e lembrou-se de que o pobre lhe tinha dito que o abrisse em casa. Abriu-o e começou a sair de lá muita comida, ela e a avó comeram e ficaram sem fome.
Então Carolina foi buscar os outros sacos para ver o que continham. Abriu um e de lá saíram vários vestidos iguais aos das princesas. Ela vestiu um e a avó vestiu outro e ficaram muito bonitas.
Carolina abriu o último saco e de lá saiu um príncipe, que lhe disse:
- Obrigado, minha boa menina, por teres quebrado o meu encanto. Fui encantado por um feiticeiro e metido dentro de um saco e só poderia ser desencantado por uma menina muito boa, que tivesse muita pena dos pobrezinhos.
O príncipe voltou depois para a sua terra e deixou com elas os dois sacos mágicos que tinham comida e vestidos.
A menina e a avó nunca mais passaram fome e davam muitas esmolas aos pobres que lá iam pedir. Andavam muito bem vestidas e ainda davam roupa aos pobrezinhos que andavam mal vestidos e com frio.
Entretanto, Carolina foi crescendo e tornou-se uma linda rapariga.
Um dia, o príncipe andava à caça por aqueles lados e lembrou-se de as visitar. Quando viu que Carolina era agora uma rapariga muito bonita apaixonou-se por ela e pediu-a em casamento. Ela disse que sim, pois nunca se esquecera dele.
Quando os dois casaram, Carolina e a avó foram viver para o palácio. E continuaram a ser amigas de todos os pobrezinhos.


terça-feira, 2 de outubro de 2012

A história preferida do Zezé


Esta é a história que o Zezé ouviu vezes sem conta, a que ele escolhia quando a mãe contava uma historinha para os filhos, antes de adormecerem.
Para o Zezé, aos 4 anos de idade, esta era a mais bonita das histórias.

O MENINO QUE QUERIA UM CARRINHO


 Era uma vez um menino que queria um carrinho, mas a mãe dizia que não lhe dava um carrinho, porque ele o estragaria. Ele prometia que não, que não estragaria, mas a mãe dizia que não acreditava nisso, que ele de certeza estragaria o carrinho.
Um dia a mãe foi à cidade e, para espanto do menino, trouxe de lá um lindo carrinho. E deu esse carrinho ao menino, que nem queria acreditar.
- É para mim? - perguntou.
- É, sim. - respondeu a mãe.
O menino ficou tão contente! Deu um beijo à mãe e foi logo a correr chamar pelo seu amigo João Pedro, para brincar com ele e com o seu carrinho.
Brincaram, brincaram, até que chegou a hora de o João Pedro ir para a sua casa e o menino teve de arrumar o carrinho e ir jantar.
À noite, na cama, adormeceu o menino tranquilamente, abraçado ao seu carrinho.

Felipa Monteverde